A EA emitiu um comunicado reconhecendo a ocorrência de trapaças em Battlefield 6 e destacando seus esforços para combatê-las. Na publicação, a desenvolvedora afirma que sua tecnologia existente já impediu 330.000 tentativas de trapaça ou adulteração dos controles antitrapaça. Além disso, jogadores relataram 44.000 casos de trapaça no primeiro dia e outros 60.000 hoje até agora. A EA afirma que continuará a aprimorar seus esforços para combater a trapaça e incentiva os usuários a continuarem relatando problemas.

Battlefield 6 ainda nem foi lançado, mas trapaceiros já se infiltraram no Beta Aberto para PC. Isso apesar de exigir que os jogadores habilitem o Secure Boot para acessar o teste de jogo e do próprio sistema antitrapaça da EA, o Javelin.

A EA publicou um guia do usuário sobre como habilitar o Secure Boot no PC ontem, 7 de agosto. Como noticiamos na época, isso requer um certo grau de confiança, pois envolve ajustes na BIOS, mas funciona verificando se apenas programas confiáveis estão sendo executados no PC do jogador antes de jogar. E não, isso não é apenas uma imposição da EA, coincidentemente, esta semana a Activision também anunciou que o próximo Call of Duty: Black Ops 7 exigirá exatamente a mesma coisa: o Secure Boot habilitado.

Apesar disso, os jogadores começaram a postar nas redes sociais para compartilhar vídeos de supostos trapaceiros, como este abaixo, já visualizado 5,8 milhões de vezes no X/Twitter.

A produtora da DICE, Alexia Christofi, respondeu rapidamente, confirmando que a equipe estava ciente do problema e garantindo aos testadores beta que o jogador identificado como trapaceiro no vídeo acima “já estava banido”.

Com o beta aberto de Battlefield 6 ostentando mais de 300.000 jogadores simultâneos somente no Steam, tornando-se o terceiro jogo mais jogado na plataforma da Valve, atrás apenas de Counter-Strike 2 e Dota 2, a desenvolvedora DICE afirmou que está trabalhando em um aumento “substancial” na capacidade dos servidores.

É claro que é impossível eliminar completamente a trapaça em jogos multijogador competitivos, mas, dada a narrativa estabelecida sobre trapaças no jogo de tiro rival Call of Duty, a EA estará ansiosa para acabar com isso pela raiz antes do lançamento de Battlefield 6 em outubro.

Do jeito que está, parece que o TPM 2.0 e o Secure Boot são a nova realidade para os jogadores de PC. Aqui está a explicação da Activision, em uma postagem de blog publicada ontem:

O TPM 2.0 (Trusted Platform Module) é um recurso de segurança baseado em hardware, padrão da indústria, integrado a CPUs ou placas-mãe, que verifica se o processo de inicialização do PC não foi adulterado. A Inicialização Segura garante que o PC só possa carregar softwares confiáveis quando o Windows for inicializado.

Quando Call of Duty: Black Ops 7 for lançado ainda este ano, o TPM 2.0 e o Secure Boot serão necessários para jogar no PC. “Essas proteções em nível de hardware são uma parte fundamental dos nossos esforços antitrapaça, e estamos pedindo a todos os jogadores que se adaptem agora”, alertou a Activision.

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